8 de março é conhecido como o dia da mulher. O que muitos não conhecem é a verdadeira história desse grandioso evento, “celebrado como o dia da mulher”.
Para melhor conhecer a história sobre o dia 8 de março, será ilustrado como foi a origem e a missão de CONSCIENTIZAÇÃO ao invés de COMEMORAÇÃO.
CONSCIENTIZAR no sentido de resistência pelos seus direitos básicos, e, sobretudo pela mobilização como a igualdade de gênero, remuneração e de uma data que não fique somente restrita à visualização de interesses e necessidades comerciais. (alura.com.br)
Existem três vertentes para a rememoração do dia das mulheres:
O primeiro foi o monumental acontecimento da cidade de Nova York em 1909, quando foi promovida uma jornada de manifestação pela igualdade de Direitos Civis e em favor do voto feminino.
No Brasil, o voto feminino só foi alcançado no governo de Vargas no dia 24 de fevereiro de 1932, mas o direito era restrito àquelas com curso superior e que exerciam função remunerada. Só em 1965 que se tornou obrigatório e equiparado aos homens. (brasilescola.uol.com.br)
Por outro lado, um grande incêndio de uma fábrica têxtil que ocorreu em 1911, também na cidade de Nova York e que vitimou CEM mulheres, descortinando uma realidade de más condições de trabalho. Tornou-se um episódio, ainda pior, quando se trata do gênero feminino, cujos resquícios desses maus tratos, ficaram reprimidos até a atualidade do século XXI.
Em seguida, outra vertente assustadora foi realizada no insistente 8 de março de 1917, em que foram conflagrados protestos da mulher em São Petersburgo, reivindicações surgidas na “Rússia Imperial”, passeata organizada por mulheres em repulsa contra a carestia, o desemprego e a decadência geral das condições de vida.
Não obstante, a respeitável Organização das Nações Unidas no ano de 1975 adotou o dia 8 de março como o dia “Internacional da Mulher” pelas Nações Unidas.
Sendo assim, “O Dia da Mulher” foi feito para esclarecer, politizar e lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres independente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas, culturais, econômicas ou políticas. (wikipedia.com.br)
Dentro da expectativa, a cidade de Euclides da Cunha que fica encravada no nordeste do semiárido da Bahia, é terra de gente hospitaleira, de homens trabalhadores, de mulheres igualmente batalhadoras, bonitas e brilhantes naquilo que fazem.
Destaca-se, mormente, como um lugar de mulheres empreendedoras e providas em lideranças, empenhos e de sabedorias.
Patenteia-se na Câmara Municipal de Euclides da Cunha, onze vereadoras que trilharam o caminho da “Política Cumbense” em seu tempo, sangue e glória.
VEREADOR, significa, aquele que vereia, que caminha, que faz parte do Poder Legislativo que discutem e votam matérias que envolvem outros temas da cidade.
Na acepção da palavra é aquele que legisla e fiscaliza. (wikipedia.com.br)
A primeira vereadora a desbravar na história de Euclides da Cunha foi JOANINHA PARTEIRA, cunhada do grande rábula local, TIAGO CARVALHO no ano de 1976 a 1982.
De 1982 a 1988, a professora ALMIRA CANÁRIO tornou-se a segunda vereadora. Não conseguiu, portanto, a reeleição, por conta da emancipação de Canudos, sua terra natal.
No ano de 1988, ROMILDA COSTA, empresária, natural de Itiúba, mulher politizada, toma posse pela primeira vez, como a primeva vereadora constituinte do ano de 1989 e a fazer parte do panteão da história do Sertão Cumbense. Destacou-se como a TERCEIRA parlamentar, “mulher” a ser Presidente da Câmara Municipal de Euclides da Cunha e com uma visão política diferenciada que simplesmente fez jus ao exercício do papel de mulher, vereadora e de “Presidente da Casa Legislativa.”
No penetrar do ano de 1992, a mineira ROSÂNGELA LEMOS MAIA DE ABREU, bancária do Banco do Brasil, foi a nova debutante da política daquele ano.
Estreou também naquele mesmo ano, MARTA TERESINHA CAMPOS, irmã do ex prefeito Renato Campos, que conseguiu se reeleger por várias vezes, e será lembrada na história da cidade como a primeira mulher a ser presidente da Câmara Municipal de Euclides da Cunha, Bahia.
No ano de 1996, LENI PINHEIRO se evidencia como uma das mais nova vereadora de Euclides da Cunha e detentora de vários mandatos legislativos. A nobre edil em um dos seus mandatos investiu como a segunda parlamentar municipal a ser Presidente daquela honrada Casa Legislativa.
Vale lembrar de REJANE CANÁRIO, filha do saudoso Zé do Banco e irmã do Capitão Márcio Canário. A insigne parlamentar recebeu na época uma expressiva votação na região de Massacará.
Nas eleições de 2000, no ápice do governo de FHC, a popular ZEFINHA BASTOS, ex Secretária da Educação, candidatou-se e levou aquele pleito tradicionalmente conhecido como o início de um novo milênio.
Na entrada de um novo século e de uma nova era eleitoral, o pleito de 2004 a 2008 foi a vez de aparecer CAMILA PINHEIRO, filha de LENI. E o surgimento de um raro momento na história do Cumbe em que a filha assume o lugar da mãe. CAMILA. Portanto, tornou-se a primeira vereadora a perder o mandato, por falta de decoro, ou seja, pelo excesso do não comparecimento da “Casa do Povo.”
Salienta-se que as maravilhosas meninas da política da Vila do Cumbe estiveram em alguns mandatos em duplas ou até em trio ao mesmo tempo.
Exemplo deste empreendimento:
Foi o pleito de 1992 a 1996, Marta, Rosa e Leni. Em 2000 a 2004, foi a vez de Leni, Marta e Zefinha. No ano 2004 a 2008, Romilda e Camila formaram dupla dinâmica de mulheres envoltas na tradicional política machista local.
Nos tempos hodiernos deste vigoroso século polarizado, despontam duas mulheres aguerridas com pensamentos e ideologias distintas.
A primeira é a professora NORMA ABREU que presidiu a APLB, Associação dos Professores na gestão da Prefeita Fátima Nunes e que apresentou uma oposição maciça contra a então gestora. Primeiro mandato, portanto na gestão vencedora do prefeito Luciano Pinheiro foi designada a assumir a árdua pasta da Secretaria da Educação. Retorna a “Casa Legislativa” com a difícil tarefa de apaziguar conflitos existenciais entre o Executivo e a “voluptuosa” cadeira de Secretária Municipal da Educação.
SIMONE MATOS, vereadora por dois ou três mandatos, Agente de Saúde que conquistou eleitores para uma possível melhoria na Saúde e da Educação. NOTABILIZOU-se como a vereadora que inventariou “O Pedido de Abertura de Comissão Processante e Cassação do Mandato Eletivo” do atual senhor prefeito deste município. A vereadora Matos protagonizou o maior alvoroço na cidade, devido a sua mudança de legenda, pois, antes era adepta do grupo nunista para se tornar pré-candidata a vice-prefeita e ferrenha do agrupamento lucianista.
RESSALTA-se que logo na entrada do século XXI, Euclides da Cunha fez história de empossar duas notáveis senhoras para serem prefeitas.
A primeira mulher a administrar foi a mineira ROSÂNGELA Lemos Maia de Abreu, bancária do Banco do Brasil, uma mulher de finos tratos que veio ao sertão em função do seu emprego. Na terrinha fincou raizes, casou-se e desenvolveu um bom trabalho diante do seu ativismo político. Pois já fora vereadora, candidata a prefeita por três vezes, derrotada por duas vezes e na terceira logrou êxito, tornando-se a “primeira gestora” do Cumbe do Major.
O destino reservou para a segunda mulher a governar a cidade de Euclides da Cunha, fosse nascida e criada na região. FÁTIMA NUNES, tornou-se a “primeira gestora” a conquistar a reeleição e uma das melhores no zelo da Administração Pública. Mostrou-se “mão-de-ferro”, competente, habilidosa e afluente de atitudes. Uma mulher além do seu tempo e com bom trânsito entre seus pares para resolver os problemas da d’encantada cidadela.
Não é a toa, portanto, ter sido premiada pelos bons serviços prestados na sociedade local e que desfruta ainda o papel de administradora extremada. Na percepção da seara da política é pouco afeita, possibilitando, inclusive, essa expertise da arte da politização ao marido e filho.
NO FRAGOR da Democracia Brasileira fez muito barulho no quesito, “Mulher na Política” em um ambiente totalmente machista nas “Casas Legislativas” em todo o Brasil. SOBRETUDO, no Executivo e no Judiciário. Poucas mulheres ainda se aventuraram nesses recintos inóspitos que muitas vezes menosprezam a participação feminina, seja no embate, no debate e nos seus desdobramentos políticos.
Em Euclides da Cunha não é diferente, pois atualmente “A Grande Casa”, possue 15 vereadores, dos quais, duas são mulheres e neste ano de 2024, será preciso mais de meia dezenas de mulheres ocupando as cadeiras do legislativo euclidense. O povo precisa acordar e eleger seis mulheres para a dita vereança local. A população tem que bater a meta e os eleitores precisam votar em seis mulheres amigas da nação do Cumbe.
Na aurora deste ano de 2024, desabrochou no cenário político euclidense, mulheres cidadãs, renovadoras, esclarecidas e preocupadas com o panorama político atual e das mazelas que cada vez mais surpreende a cidade de Euclides da Cunha.
Na visão deste comentarista, existe neste “torrão adorado”, inúmeras mulheres capacitadas e possuidoras de disposições políticas e que serão apontadas nessas linhas, as pessoas de:
A empresária, RITA MIRANDA, ex candidata a vice-prefeita, vereadora de eleições decorridas. Atenção, um palpite, talvez em um futuro próximo, como a terceira prefeita da história de Euclides da Cunha.
A radialista MIRIAM SOUZA, cantora, apresentadora, guerreira de vocação e mulher de coragem. Começou a vida de locutora fazendo gravações políticas. Com isso, se apaixonou pela “sétima arte” da locução. Na rádio resolveu conciliar com a carreira de cantora, pois logo viu que locução e cantar não combinava e demandava tempo. Fez uma temporada “cantando acústico” e até hoje esporadicamente se apresenta em barzinhos, shows, festas privadas e rodas vivas de amigos. Filha de um grande músico, os saudosos, Pedro, conhecido como “Piroca” e de Raimunda. Mãe de dois rapazes, Lucas e Kevin Souza. Ambos também magníficos cantores.
A fisioterapeuta LUCIANA LIMA FRANÇA que acompanha política desde o berço e já atuou como Secretária da Saúde no governo de Fátima. Atualmente continua exercendo sua profissão, também faz consultoria política e, é conhecida como a neta do lendário “Joaquim Menino”, primeiro prefeito eleito através do voto da história de Euclides da Cunha.
A nutricionista VANILDE CAMPOS, ardorosa defensora da boa alimentação, ambientalista, ativista política e social. Nascida na bucólica “Rua da Igreja” e criada como aprendiz de política no “Casarão dos Limas” pelo pranteado Zezé Lima, seu tio e portador das primeiras noções sobre a coisa pública.
DENISE ROCHA, primogênita dos lastimados Jaime Cardoso e Maria Sônia Rocha, nascida em meio de mulheres fortes e empreendedoras. Uma mulher cheia de vida, comunicativa e independente. Desde cedo soube dar valor à vida e saiu do sertão em busca de algo melhor e do aprofundamento dos estudos. De volta a sua terra natal, enveredou-se na iniciativa privada e na vida pública. Trabalhou nos governos de Renato e de Rosa.
JAQUELINE AGRES DE CARVALHO, assistente social, sobrinha do chorado Lula, mulher competente que brilhantemente, abrilhantou a ‘Secretaria de Assistência Social’ no governo de Fátima e uma mulher que sempre foi voltada para a área social. Atualmente, prestas serviços em outras cidades, mas sempre mantém domicílio em Euclides da Cunha.
Aprecia-se um dos discursos, que tornou-se emblemático não apenas por seu conteúdo e motivação, mas também por sua forma, técnica e qualidade retórica. O discurso de Martin Luther King Júnior, considerado um dos melhores de todos os tempos e também do século XX. (brasilparalelo.com.br)
Um grande discurso que propagava a defesa dos direitos civis do negro e que atenderá aos anseios da igualdade dos direitos civis da mulher. Lembrado somente aos grandes oradores essa explanação veio à tona na posse do primeiro Presidente negro estadunidense o advogado Barack Obama.
Em um pequeno trecho no diz: “Eu tenho um sonho” de que um dia as mulheres de todo o Brasil será igual a todos os homens de fato e de direito como determina a Constituição da República Federativa do Brasil. Estabelece a gradação das mulheres nas “Casas Legislativas” a partir de 2022, de 20% em 2026, até atingir 30% nas eleições de 2038 e 2040.
Assim como o texto preparado por LUTHER KING tem caráter profético sobre o futuro de uma realidade diferente das mulheres de Euclides da Cunha, especialmente, de fé e de esperança. Pois, diante de acontecimentos narrados e inteirados pelas mulheres contemporâneas da sociedade euclidense, é de se mostrar a todas elas, singelas homenagens deste cauteloso historiador.
Primordialmente, condecora-se a genitora deste cronista pelos bons ensinamentos ao respeito as mulheres.
Em seguida pela instrução das tias de transformar àquele jovem de ter o compromisso de valorizar o sexo feminino.
As adoráveis primas que fizeram com que esse colunista definisse a real responsabilidade de que a mulher tem um valor inestimável.
E finalmente como diz o título desse texto, o dia da mulher é todo dia.
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