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Memóris de Joaquim Meninno

02/07/2024 às 08h41 Atualizada em 02/07/2024 às 08h46
Por: MARCELO NOBRE Fonte: Redação
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Foto: Reprodução
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Joaquim de Santanna Lima, conhecido como “Joaquim Menino” nasceu no dia 2 de julho do ano de 1893 e faleceu em agosto de 1975 com 82 anos de história.

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Exerceu com maestria o protagonismo da história da sua terra.  Em que ambos, “ele e a história,” caminhavam juntos naquele século XVIII e XIX. O ano do seu natalício, 1893, governantes do Brasil começaram a enxergar os 25 mil habitantes de Canudos como fanáticos religiosos, monarquistas rebeldes perigosos e deram início a guerra.

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Nascia em Monte Santo na Fazenda Caldeirão, 71 anos depois da Guerra do Dois de Julho e no início do conflito da famigerada Guerra de Canudos.

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Para diferenciar do mesmo nome do tio, recebeu o apelido de “Joaquim Menino”, o jovem, “o minino”.*

Contraiu matrimônio por duas vezes. A primeira, salvo engano, cujo nome, dona GRACINDA, descendentes dos D’AVILAS e a segunda dona EMÍLIA, filha de dona BALBINA e do Republicano Capitão Chico Dantas. Das duas uniões totalizaram 14 filhos.

No ano de 1926, aos 33 anos de idade, o bravo Joaquim foi o 11° Intendente do Cumbe. No dia 1° de fevereiro de 1936, Joaquim Santanna Lima tornou-se o primeiro Prefeito do CUMBE, atual Euclides da Cunha aos 43 anos de idade, através do Sufrágio Universal. Significa dizer que foi democraticamente escolhido pelo povo de então.

No ano seguinte, precisamente no dia 10 de novembro do ano de 1937, o senhor Getúlio Dorneles Vargas, Presidente do Brasil, mediante um golpe de estado, instituiu o “Estado Novo” em um pronunciamento em rede de rádio, no qual lançou um Manifesto à Nação que dizia: “Que o Estado Novo tinha como objetivo reajustar o organismo político às necessidades econômicas do país”.

Diante da ditadura fascista de Getúlio Vargas, Joaquim Menino foi retirado do poder. Decepcionado pela vida pública, parou um pouco para repensar a sua vida privada e lembrou da dificuldade da vida áspera de outrora, quando ele tinha deixado a Intendência, com o surgimento de Lampião neste grotão, do Integralismo em 1932, do tenentismo e da Grande 2° Guerra Mundial.

Com o fim da Grande Guerra Mundial, amigos tentaram e conseguiram fazer com que o “velho timoneiro dos Limas” retornasse à vida pública. Elegeu-se vereador e ainda foi Presidente da Câmara Municipal. Tudo isso em 1950.

Em 1954 passou o bastão da vida pública ao seu segundo filho, ZEZÉ LIMA, fruto da união com Emília Dantas. Uma vez que seu primogênito desta mesma união, encontrava no Estado de São Paulo e o filho caçula da primeira união tinha ido à Segunda Grande Guerra e não demonstrou nenhuma vocação política.

 A partir dos anos de 1960 do século XIX, desconfiado do surgimento da “Guerra Fria”, da tecnologia ultra moderna do homem ter ido à lua, “Seo” Joaquim viveu uma vida reclusa sem sair muito da sua residência e volta e, meia dava palpites, bons conselhos aos políticos locais. 

Conforme os anais da história é sabido que os Limas votaram contra Juscelino Kubitscheck e também pela candidatura do senador JK no ano de 1964. Embalado pelo alvoroço de Jânio Quadros e da ditadura que dava forma e resultado naquele mesmo ano.

O herói do Cumbe, o primeiro prefeito,  entrou no panteão da história em agosto do ano de 1975. O velório ocorreu na casa da sua segunda núpcias, na “rua de riba”, hoje Joaquim Santanna Lima. O ataúde ao descer rumo ao cemitério reinava uma multidão ululante que chorava, clamava, bradava o nome digno daquele sertanejo de pequena  estatura que fez história em nome da sua gente, de um povo sofrido e retumbante.

Este relator conheceu o avô materno aos três anos que escapuliu da cuidadora e subiu da tão falada rua de cima. No adentrar da casa-grande avistou o povo em polvorosa e o corpo do “grande ancião” do quarto ao lado da lapinha com duas velas nas laterais. Ao ser descoberto, através dos prantos da sua chegada pela genitora, logo mandou alguém levar àquela criança para casa. Não sei como, “fui bater” na casa de tia ANETE em companhia das primas Carvalhos, Franças e Alves, avistamos um colossal cortejo e primoso. Da rua de cima, multidão se acotovelava até a Igreja para a missa de corpo presente. Foi a primeira vez que tivemos a noção da vital importância da figura de JOAQUIM MENINO.*

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