O exército de Israel afirmou neste sábado (28) que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um ataque em Beirute, em mais um duro golpe para o grupo libanês.
O ataque em um bairro residencial de Beirute nesta sexta-feira (28) foi parte de um intenso bombardeio realizado pelas forças israelenses nas últimas 24 horas.
Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, disse que o bombardeio não marcava o fim das operações de Israel.
“Este não é o fim de nossas ferramentas,” afirmou Halevi. “A mensagem é simples: qualquer um que ameaçar os cidadãos de Israel — saberemos como alcançá-los.”
O Hezbollah ainda não comentou o anúncio israelense.
Israel afirmou que o ataque também matou o chefe da frente sul do Hezbollah, Ali Karaki, e outros comandantes seniores.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse em um comunicado no sábado que o destino do Oriente Médio “será determinado pelas forças de resistência, sendo o Hezbollah a principal delas.”
Ele acrescentou que a “estrutura sólida” do grupo “não pode ser significativamente danificada” por “criminosos sionistas” que, segundo ele, demonstraram suas “políticas de mente curta e estúpida.”
Ele pediu que todos os muçulmanos apoiem o Hezbollah em sua luta contra “um regime ocupante e vicioso.”
Clérigo de uma família xiita de Beirute, Nasrallah assumiu o controle do Hezbollah em 1992 e se tornou uma figura cada vez mais importante no chamado “eixo de resistência” do Irã.
Seu papel na aliança de grupos militantes ganhou relevância após os EUA assassinarem Qassem Soleimani, o comandante militar mais poderoso do Irã, em 2020.
Nasrallah também foi um dos líderes na ascensão do Hezbollah para se tornar a principal força política do Líbano.
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