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POLÍTICA BAFAFÁ E AGONIA

Deputados se unem para impedir homenagem a Silas Malafaia na Alba

Mais de 100 grupos se manifestaram contra concessão de honraria ao líder religioso

24/10/2024 às 09h12
Por: MARCELO NOBRE Fonte: Redação
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Silas Malafaia é um pastor protestante, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo - Foto: Reprodução | Redes Sociais
Silas Malafaia é um pastor protestante, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo - Foto: Reprodução | Redes Sociais

A polêmica concessão da Comenda Dois de Julho, maior honraria da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) para o pastor Silas Malafaia ganhou mais um episódio.

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Após a manifestação de mais de 100 grupos contra a homenagem ao líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, os deputados estaduais Hilton Coelho (PSOL), Fabíola Mansur (PSB) e Olívia Santana (PCdoB) protocolaram um Projeto de Resolução com o pedido de revogação da Comenda para Malafaia. Na justificativa, os parlamentares informaram que se basearam na ação coletiva para a confecção da proposta.

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Fazendo alusão ao Hino ao 2 de Julho, o documento diz que é imperioso o devido respeito à simbologia do evento histórico e “reverenciar defensor do despotismo e da tirania é atuar na contramão do que representa aquele momento histórico de luta do povo baiano”.

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“O homenageado não faz jus à honraria e o fundamento da proposta legislativa encontra-se eivado de inconstitucionalidade, além de representar um vexame ao Estado perante o país”, diz um trecho do projeto.

“A trajetória do Sr. Malafaia é marcada pela defesa do cerceamento dos direitos e liberdades democráticas em nosso país ao propugnar, reiteradamente, a ruptura de pilares democráticos. Essa condição, por si só, é suficiente para a não aprovação da Comenda mencionada. E, uma vez, aprovada, urge sua revogação”, pontua o documento.

Outro argumento utilizado pelos legisladores diz respeito ao posicionamento de Malafaia por sua “defesa da heteronormatividade” e “contra a liberação das drogas e do aborto”. “Nesse sentido, foi julgado pelo STF - Supremo Tribunal Federal a ADPF 132 e ADI 4277 para fins de reconhecer que a união homoafetiva é entidade familiar. Já as temáticas das drogas e aborto devem ser tratadas como questões de saúde pública”.

A proposta foi encaminhada pelo deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos) e aprovada no ano de 2023 em discussão única, com o voto contrário de Hilton Coelho e Fabíola Mansur.

Agora, os deputados que assinam a proposta pedem que a mesma seja aceita com pedido de dispensa das formalidades regimentais para que possa tramitar em regime de urgência.

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