Operação Puritas: Polícia Federal desarticula rede de tráfico de drogas interestadual envolvendo policiais militares

Em uma grande ofensiva contra o tráfico interestadual de drogas, a Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (7) a "Operação Puritas", uma ação coordenada que teve como alvos integrantes de um esquema criminoso que envolvia policiais militares e rodoviários federais em diversas regiões do Brasil. No total, 15 pessoas foram presas, e 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em sete estados — Bahia, Rondônia, Ceará, Pará, São Paulo, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.

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Entre os principais alvos da operação, estavam um policial rodoviário federal e um policial militar. Na Bahia, foram detidos um policial militar e um advogado, localizados nas cidades de Santaluz e Euclides da Cunha. O PM, que atuava no município de Gandu, já havia sido preso em 2023 sob suspeita de envolvimento com o mesmo grupo criminoso.

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A operação, coordenada pela 2ª Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho (RO), contou com o apoio de mais de 120 policiais federais, que atuaram em locais como Porto Velho, Vilhena, Ji-Paraná (RO), Cascavel (CE), Santa Maria (DF), Ourilândia do Norte (PA), Natal (RN), Piracicaba (SP), Santa Luz, Gandu, Feira de Santana (BA) e Fortaleza (CE).

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Além das prisões, foram apreendidos um cofre com R$ 580 mil e US$ 8.157 na casa de um policial rodoviário federal em Feira de Santana. O homem, que foi detido em Natal (RN), teria papel crucial na movimentação financeira do esquema. A PF também realizou o sequestro de veículos usados no transporte das drogas, bem como sete apreensões por porte e posse ilegal de armas de fogo de grosso calibre.

Parte do material apreendido na operação

Esquema de Tráfico e Rota das Drogas

A investigação da PF aponta que o grupo criminoso era responsável pelo transporte de grandes carregamentos de cocaína, com remessas de até 500 kg cada, apreendidas em locais estratégicos como Vilhena (RO), Canarana (MT) e Peritoró (MA). Segundo a PF, o destino final da droga era majoritariamente o estado do Ceará, com os policiais assumindo funções logísticas e administrativas, como o envio de pagamentos e a garantia de segurança nas rotas.

As autoridades seguem investigando a profundidade do envolvimento de membros das forças policiais e buscam desarticular completamente o grupo, que já era alvo de operações anteriores e vinha expandindo sua atuação em estados do Nordeste e do Centro-Oeste. A Operação Puritas representa um passo importante para a redução da circulação de drogas e do crime organizado no país, comprometendo-se a desmantelar completamente a estrutura criminosa que operava em diversas regiões.