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Cabeças do grupo que movimentou R$ 1,4 bilhão com fraudes licitatórias na Bahia tentaram destruir provas; veja quem são alvos de prisão

A medida ocorre no contexto da Operação Overclean, que apura um extenso esquema de corrupção e lavagem de dinheiro por meio de contratos com o DNOCS

10/12/2024 às 10h53
Por: MARCELO NOBRE Fonte: Redação
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Foto Divulgação
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A Justiça determinou, nesta terça-feira (10), a prisão preventiva de 17 pessoas envolvidas em um esquema criminoso de fraudes licitatórias e desvio de recursos públicos, que movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão. A medida ocorre no contexto da Operação Overclean, que apura um extenso esquema de corrupção e lavagem de dinheiro por meio de contratos com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), na Bahia.

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Segundo apurado pelo BNEWS, a decisão da Justiça foi tomada pela 2ª Vara Federal Criminal de Salvador - Seção Judiciária da Bahia, sob a responsabilidade do juiz federal Fábio Moreira Ramiro. Ela foi baseada em evidências de que os envolvidos estavam tentando destruir provas e obstruir as investigações.

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O aprofundamento das investigações revelou que a organização criminosa era liderada pelos irmãos e empresários Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente, pelo empresário conhecido como "Rei do Lixo", José Marcos de Moura, e pelo ex-Coordenador Estadual do DNOCS na Bahia, Lucas Maciel Lobão Vieira. O grupo, segundo a Polícia Federal, cometia fraudes licitatórias, superfaturamento de contratos públicos e desvio de recursos. 

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A reportagem apurou que em interceptações telefônicas realizadas, ficou claro que os líderes da organização, incluindo o empresário Alex Rezende Parente, estavam conscientes do risco das investigações e tentaram apagar rastros de suas atividades criminosas. Foi registrado o uso de máquinas trituradoras para destruir documentos e apagar dados digitais relacionados ao esquema.

"As conversas interceptadas revelaram uma operação coordenada e sistemática de destruição de provas, que incluía a utilização simultânea de três máquinas trituradoras operando continuamente. Os investigados receberam ordens diretas de Alex Rezende Parente, líder identificado da organização, para eliminar diversos tipos de documentos, incluindo carimbos de outras empresas, cotações impressas e propostas que pudessem evidenciar as fraudes", relatou à PF para Justiça Federal.

As investigações indicam que eles desviaram grandes quantias de dinheiro, principalmente por meio de contratos com o DNOCS, além de estarem envolvidos em fraudes em diversos outros setores públicos.

A prisão preventiva foi solicitada para garantir a continuidade das investigações, evitar a destruição de mais provas e prevenir a fuga dos envolvidos. Os investigados, que ocupam funções chave dentro do grupo criminoso, são acusados de terem cumprido ordens diretas do líder da organização para eliminar evidências.

Os nomes dos investigados, cujas prisões foram determinadas, são:

  • Alex Rezende Parente
  • Fábio Rezende Parente
  • Lucas Maciel Lobão Vieira
  • Clebson Cruz de Oliveira
  • José Marcos de Moura
  • Fábio Netto do Espírito Santo
  • Flávio Henrique de Lacerda Pimenta
  • Orlando Santos Ribeiro
  • Francisco Manoel do Nascimento Neto
  • Kaliane Lomanto Bastos
  • Claudinei Aparecido Quaresemin
  • Itallo Moreira de Almeida
  • Evandro Baldino do Nascimento
  • Geraldo Guedes de Santana Filho
  • Diego Queiroz Rodrigues
  • Ailton Figueiredo Souza Junior
  • Iuri dos Santos Bezerra

Até o momento, 15 pessoas foram presas. As diligências ocorreram em Salvador, Lauro de Freitas, Jequie, Itapetinga, Campo Formoso, Mata de São João e Wagner.
Além de São Paulo, Goiânia e Palmas.

A Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, Receita Federal e Controladoria-Geral da União (CGU), continua em andamento. O objetivo é desmantelar completamente a organização criminosa, recuperar os recursos desviados e responsabilizar os envolvidos nas fraudes.

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