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Infarto Agudo do Miocárdio (IAM): O que é, Sintomas e Protocolo de Atendimento para Enfermeiros

Entenda a importância do diagnóstico precoce e do manejo adequado para salvar vidas

16/03/2025 às 12h23
Por: MARCELO NOBRE Fonte: Redação
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Foto Divulgação
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O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Caracterizado pela interrupção do fluxo sanguíneo para o coração, o IAM é uma emergência médica que exige atendimento imediato e protocolos bem definidos para minimizar danos ao músculo cardíaco e reduzir a mortalidade. Neste artigo, abordaremos o que é o IAM, seus sintomas, causas e o papel crucial do enfermeiro no manejo dessa condição.

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O que é o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)?  

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O IAM é uma condição cardiovascular grave causada pela obstrução das artérias coronárias, responsáveis por levar oxigênio e nutrientes ao músculo cardíaco. Essa obstrução, geralmente resultante do rompimento de uma placa de gordura (aterosclerose), leva à formação de coágulos que interrompem o fluxo sanguíneo. Como consequência, ocorre a necrose (morte) das células do miocárdio, comprometendo a função cardíaca e podendo levar a complicações fatais.  

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O IAM é classificado em dois tipos principais:  
- IAM com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST): Caracterizado por alterações específicas no eletrocardiograma (ECG), indicando obstrução total da artéria coronária.  
- IAM sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSST): Neste caso, a obstrução é parcial, mas ainda representa um risco significativo.  

Principais Causas e Fatores de Risco

A aterosclerose é a principal causa do IAM, mas outros fatores contribuem para o desenvolvimento da doença, incluindo:  
- Idade avançada  
- Colesterol alto  
- Diabetes mellitus  
- Tabagismo  
- Obesidade  
- Sedentarismo  
- Histórico familiar de doenças cardiovasculares  
- Hipertensão arterial  

Sintomas do IAM: Como Identificar  

Os sintomas do IAM podem variar, mas os mais comuns incluem:  
- Dor torácica intensa: Descrita como aperto, pressão ou queimação no peito, com irradiação para o braço esquerdo, mandíbula ou costas.  
- Falta de ar (dispneia)  
- Sudorese fria  
- Náusea e vômito  
- Palidez e fraqueza  
- Tontura ou desmaio (síncope)  
- Cianose (coloração azulada) em extremidades  

É importante destacar que alguns pacientes, especialmente idosos e diabéticos, podem apresentar sintomas atípicos, como dor epigástrica (na região do estômago), o que pode levar a confusão com problemas digestivos.  

O Papel do Enfermeiro no Atendimento ao IAM  

O enfermeiro é o primeiro profissional a entrar em contato com o paciente em uma unidade de saúde, desempenhando um papel crucial no reconhecimento precoce dos sintomas e na implementação das primeiras medidas de atendimento. Suas responsabilidades incluem:  

1. Triagem e Classificação de Risco:
   - Avaliar a gravidade dos sintomas e priorizar o atendimento.  
   - Coletar sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca, saturação de oxigênio).  

2. Realização de Eletrocardiograma (ECG): 
   - O ECG deve ser realizado em até 10 minutos após a chegada do paciente, para identificar alterações sugestivas de IAM.  

3. Administração de Medicamentos:
   - Aspirina (AAS) para prevenir a formação de coágulos.  
   - Nitrato sublingual para alívio da dor torácica.  
   - Oxigênio suplementar, se necessário.  

4. Monitorização Contínua:
   - Acompanhar a frequência cardíaca e a pressão arterial.  
   - Observar possíveis complicações, como arritmias.  

5. Preparação para Intervenções Especializadas:
   - Encaminhar o paciente para angioplastia ou trombólise, conforme indicado.  

Protocolo de Atendimento ao IAM para Enfermeiros  

O manejo do IAM exige ações rápidas e coordenadas. Abaixo, destacamos as principais etapas do protocolo:  

1. Avaliação Inicial:
   - Coletar história clínica e sinais vitais.  
   - Identificar fatores de risco e medicamentos em uso.  

2. Realização de ECG: 
   - Interpretar o traçado para identificar supradesnivelamento do segmento ST.  

3. Administração de Medicamentos:
   - Aspirina (150-300 mg) via oral.  
   - Clopidogrel (dose conforme idade do paciente).  
   - Nitrato sublingual (cuidado em pacientes hipotensos).  
   - Morfina endovenosa (em casos de dor refratária).  

4. Monitorização e Suporte:
   - Manter acesso venoso periférico de grosso calibre.  
   - Monitorar sinais vitais e saturação de oxigênio.  

5. Encaminhamento para Tratamento Definitivo:
   - Angioplastia primária ou trombólise, conforme disponibilidade. 

O Infarto Agudo do Miocárdio é uma emergência médica que exige atenção imediata e protocolos bem estabelecidos. O enfermeiro desempenha um papel fundamental no reconhecimento precoce dos sintomas, na implementação das primeiras medidas terapêuticas e no suporte ao paciente durante todo o processo de atendimento. Com ações rápidas e eficazes, é possível reduzir a mortalidade e melhorar o prognóstico dos pacientes com IAM.  

A educação continuada e a atualização dos profissionais de saúde são essenciais para garantir um atendimento de qualidade e salvar vidas.

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