A noite da última quinta-feira (10), em Santiago, no Chile, foi marcada por cenas lamentáveis de violência e tragédia durante a partida entre Colo-Colo e Fortaleza, válida pela fase de grupos da Copa Libertadores da América. O jogo, que ocorria no Estádio Monumental, precisou ser interrompido após uma série de eventos que envolveram mortes, invasão de campo e vandalismo.
Horas antes do apito inicial, dois torcedores chilenos – uma jovem de 18 anos e um adolescente de 13 – morreram após serem atropelados por um veículo blindado da polícia, enquanto tentavam invadir o estádio por uma área próxima ao edifício Casa Alba. De acordo com autoridades locais, o tumulto começou quando dezenas de torcedores tentaram forçar a entrada no local sem ingressos, provocando a queda de grades e resultando na tragédia.
Já com a bola rolando e o placar empatado em 0 a 0 aos 25 minutos do segundo tempo, um grupo de torcedores do Colo-Colo rompeu barreiras de segurança, quebrou vidros e invadiu o gramado. O caos se instaurou: jogadores do Fortaleza correram para os vestiários, enquanto atletas do Colo-Colo, incluindo os experientes Esteban Pavez e Arturo Vidal, tentavam conter os ânimos da torcida.
O árbitro uruguaio Gustavo Tejera decidiu suspender a partida por falta de segurança, e a CONMEBOL confirmou oficialmente a interrupção do jogo. A entidade também divulgou uma nota lamentando profundamente a morte dos dois torcedores e prestando condolências às famílias.
Aníbal Mosa, presidente do Colo-Colo, condenou veementemente os atos de vandalismo e afirmou que o clube já iniciou o processo de identificação dos envolvidos. O episódio será analisado pela Comissão Disciplinar da CONMEBOL e pode resultar em punições severas à equipe chilena, incluindo perda de mando de campo e sanções financeiras.
O caso reacende o debate sobre a segurança nos estádios sul-americanos e a necessidade de protocolos mais rígidos para garantir a integridade de atletas, torcedores e demais profissionais envolvidos no espetáculo esportivo.
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