A construtora dinamarquesa Tscherning anunciou a devolução de toda a sua frota corporativa de veículos da Tesla, não por questões técnicas, mas devido às posições políticas de Elon Musk, CEO da montadora. A empresa destacou que, embora os carros sejam tecnicamente satisfatórios, as declarações públicas de Musk tornaram-se incompatíveis com os valores da organização.
A Tscherning enfatizou que não deseja mais ser associada à direção política que acompanha atualmente a marca Tesla. A empresa planeja substituir os veículos devolvidos por alternativas de fabricantes europeus, como Volkswagen, BMW, Mercedes-Benz e Stellantis, que também oferecem opções de veículos elétricos para frotas corporativas.
Esse movimento não é isolado. A rede de farmácias Rossmann, uma das maiores da Europa, também decidiu substituir sua frota de Teslas por veículos de outras marcas, citando incompatibilidade entre as declarações de Elon Musk e os valores que os produtos da Tesla representam.
Além disso, a Tesla enfrenta desafios na Escandinávia, onde as vendas caíram significativamente. Na Dinamarca, por exemplo, os registros de novos Teslas caíram 48% em relação ao ano anterior, mesmo com o aumento da demanda geral por automóveis nos países nórdicos.
A situação é agravada por greves e bloqueios logísticos na região. Na Dinamarca, trabalhadores portuários e caminhoneiros, em solidariedade a greves na Suécia, bloquearam a entrada de carros da Tesla nos portos do país, impedindo a distribuição e entrega dos veículos.
Esses acontecimentos refletem uma crescente preocupação de empresas e consumidores europeus com a imagem da Tesla, influenciada pelas ações e declarações de seu CEO. A montadora enfrenta o desafio de reconquistar a confiança em mercados onde a sensibilidade a questões políticas e institucionais é elevada.
Mín. 13° Máx. 26°