A Seleção Brasileira vive um momento de profunda reflexão e cobrança. O capitão Danilo, homem de confiança e referência dentro do grupo, foi contundente em recente entrevista: segundo ele, ficou claro que “depois da Copa perdemos tempo”, deixando a equipe “um passo atrás” em relação às principais potências do futebol mundial.
Danilo afirmou que o Brasil ainda possui “a melhor matéria‑prima do mundo”, mas carece de organização, planejamento e visão estratégica:
“Separar por duas colunas: a qualidade de jogadores... Mas organização, planejamento... nisso deixamos a desejar”.
O capitão apontou que as constantes trocas de comando e instabilidade tática após a Copa do Catar (2022) provocaram um hiato de performance. As metodologias de preparação, previamente incipientes, tornaram-se ainda mais vulneráveis e a Seleção nunca entrou realmente em sintonia.
Ele também destacou a dificuldade de adaptação aos jogos mais físicos das Eliminatórias — como no empate contra o Paraguai e a vitória apertada por 2 a 0 — onde a criatividade é limitada e prevalece o confronto físico.
Adicionalmente, Danilo lembra que o torcedor espera uma “demostração de futebol” com fluidez, gols e espetáculo, porém trata-se de uma realidade exigente, difícil de sustentar sem planejamento sólido.
Instabilidade institucional: trocas sucessivas de técnicos e modelos prejudicaram a coesão da equipe.
Tempo perdido: segundo o capitão, houve “perda de tempo” significativa após o Mundial de 2022.
Falta de sinergia: jogadores novos precisam de tempo para se entrosar, mas este tempo foi escasso.
Apesar das falhas na estrutura, o grupo continua com jogadores de elite, muitos atuando na Europa há anos. Danilo reforça que “a matéria‑prima é das melhores do mundo” e que esse fator é inquestionável.
Combate físico e ritmo lento: partidas eliminatórias, como contra o Paraguai, são mais físicas, limitando a fluidez ofensiva.
Expectativa do torcedor: a torcida espera futebol ofensivo, porém o futebol moderno exige equilíbrio profissional que nem sempre se traduz em espetáculo.
O treinador, em atividade desde março, começou a estabelecer um método mais consistente, mas ainda carrega o peso da instabilidade anterior. Resta saber se essa nova fase, com melhor planejamento, conseguirá reverter a perda de terreno.
O Brasil chega a junho de 2025 com um alerta claro: sem estrutura, sem sequência tática e sem planejamento de médio e longo prazo, o risco de repetir ciclos frustrados é real. O capitão Danilo aponta para a necessidade de:
Gestão estável e autônoma na CBF
Tempo para maturação da equipe e integração de novos talentos
Adoção de modelo profissional, sem abrir mão da identidade ofensiva
A Copa de 2026 se aproxima e com ela a expectativa nacional por um “Hexa”. Mas essa busca só será possível se a Canarinha reaprender a ser organizada, vibrante e efetiva — em campo e fora dele.
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