A madrugada deste domingo, dia 22, ficou marcada por uma tragédia que abalou profundamente os moradores de Euclides da Cunha, na Bahia. Um acidente com vítima fatal foi registrado nas proximidades da Lagoa da Vaca, no trecho da BR-116 que corta o município. A vítima é uma das figuras mais conhecidas e, de certa forma, queridas da cidade: Maria Bacalhau, como era popularmente chamada.
Apesar de sua história cercada de mistérios, especialmente sobre sua idade — que se acredita estar na casa dos 70 anos —, Maria Bacalhau era um verdadeiro ícone das ruas de Euclides da Cunha. Conhecida por suas bochechas sempre marcadas com batom e sua presença excêntrica, ela carregava consigo tanto o respeito quanto o medo, especialmente entre os mais jovens, que, apesar das brincadeiras e do temor, aprenderam a conviver e a enxergar nela uma personalidade carismática e única.
Maria Bacalhau vivia em condições de extrema pobreza, enfrentando diariamente as dificuldades impostas pela vida nas ruas. No entanto, era acolhida por grande parte da população que, sensibilizada com sua situação, frequentemente lhe oferecia comida, roupas, calçados e todo tipo de ajuda possível. Mesmo diante de tantas limitações, ela seguia seu caminho, sempre circulando pela cidade, mantendo viva a sua presença marcante.
Até o momento, não há qualquer informação oficial que esclareça as circunstâncias do atropelamento. Quem dirigia o veículo? Em que condições ocorreu o acidente? Qual exatamente foi o horário? Nenhuma dessas perguntas tem resposta por enquanto, o que gera ainda mais indignação e tristeza na população, que pede justiça e esclarecimentos urgentes sobre o caso.
O que se sabe é que Maria foi atropelada na BR-116, em um trecho conhecido e bastante movimentado, próximo à Lagoa da Vaca. Infelizmente, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu no local, deixando um enorme vazio nas ruas que costumava percorrer diariamente.
As redes sociais foram tomadas por mensagens de pesar, comoção e homenagens. A morte de Maria Bacalhau não é apenas a perda de uma moradora, mas sim de uma memória viva da cidade, de uma pessoa que, mesmo na simplicidade e nas margens da sociedade, marcou gerações com sua presença, suas histórias e sua irreverência.
Agora, o que se espera é que as autoridades competentes realizem uma investigação minuciosa para que este caso não fique impune. A cidade clama por respostas. Enquanto isso, fica o sentimento de dor, saudade e, acima de tudo, o reconhecimento de que as ruas de Euclides da Cunha jamais serão as mesmas sem a figura inconfundível de Maria Bacalhau.
Que Deus a receba em Seus braços e que sua memória permaneça viva no coração de todos os euclidenses.
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