Euclides da Cunha, Bahia – A abertura do São João 2025 em Euclides da Cunha contou com grandes atrações, muito forró e, claro, aquela cereja do bolo que ninguém esperava (ou talvez até esperasse): a presença mais que "ilustre" de ninguém menos que Dra. Deolane Bezerra.
Sim, ela mesma. A advogada, influencer, ex-viúva de MC Kevin, ex-reality, ex-alguma coisa e atual ré em processos que, vez ou outra, batem à sua porta. Porque aqui, minha gente, não se traz qualquer um, não. É preciso manter o padrão... o padrão do descaso.
O mais engraçado — ou trágico, você escolhe — é ouvir pessoas comentarem com entusiasmo: “A presença ILUSTRE da Dra. Deolane Bezerra!” Ilustre, de fato. Mas ilustre por quê, exatamente? Pelos milhões de seguidores? Pelas tretas em reality? Ou pelos processos que coleciona na Justiça?
Afinal, o currículo dela é bem variado:
Processo na Justiça de São Paulo: A influencer responde por danos morais movidos por ex-funcionários que alegam assédio e constrangimento no ambiente de trabalho.
Investigação por lavagem de dinheiro e associação criminosa: Lembram da operação da Polícia Federal em 2022, quando a mansão da Deolane foi alvo de busca e apreensão? Pois é... as investigações continuam até hoje, apurando atividades suspeitas ligadas a empresas de cursos e sorteios online.
Ações por propagandas enganosas: A musa da ostentação já foi notificada diversas vezes por divulgar sorteios sem autorização da Caixa Econômica Federal, além de cursos jurídicos que, segundo denúncias, beiram a charlatanice.
Brigas judiciais familiares: Além das tretas públicas, também responde a processos internos de família, envolvendo disputas por bens e heranças.
Mas calma... tudo isso foi devidamente ignorado na noite de ontem, 21 para 22 de junho, quando Euclides da Cunha deu aquele pontapé inicial no São João com pompa, circunstância e... contradições.
A cara da gestão
Porque se a cidade vive um momento de abandono, ruas esburacadas, esgoto a céu aberto, saúde pública sucateada e promessas que nunca se cumprem, nada mais coerente do que trazer uma personalidade que represente, com maestria, esse mesmo espírito de confusão, ostentação e pouca entrega.
Afinal, em terra de mediocridade, quem tem processo é rei... ou rainha.
No palco, as atrações musicais fizeram seu papel: animaram, alegraram e trouxeram aquele clima nordestino de verdade. Porque o povo nordestino, sim, é gigante! Mas o que a organização da festa fez foi mostrar, mais uma vez, que preferem o holofote do escândalo à simplicidade da cultura local.
O São João segue. E que siga... com forró, alegria, tapioca, milho, quadrilha... e, infelizmente, um tempero amargo de incoerência.
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